Através da leitura dos feeds do dia cheguei a esta pequena pérola, em forma de crónica, e que quase passa despercebida em tanta página de jornal ou leitura (mesmo que na diagonal) do diário nacional Público. Artigo do dia 5 de Fevereiro, salvo erro.
Miguel Esteves Cardoso é um hábil observador do tempo. Do que nos rodeia. Deve ser por ter aqueles grandes óculos. :D
Sabe pegar nas feridas e torna-las coisas mais aceitáveis e visíveis. Denuncia coisas que todos pensamos mas que ficam entaladas na garganta na hora dita 'h'. E mais que isso, é sensível e humanamente Pessoa, no historiar constante daquilo que se passa no país e no mundo. À beira da sua janela e na janela do vizinho.
Esta pequena crónica sobre os Amigos deixou-me sem palavras. Pelo belo do simples abordar da questão e na verdade que transporta. Eu adoro os meus amigos, sinto muito a sua falta e martirizo-me por estar menos presente, cada vez mais, no que toca no 'em carne e osso'. Os tempos modernos ocupam-nos com muitos afazeres, o tempo do amigo quase que se resume ao 'café do meio-dia' ou de raspão ao fim da noite.
Mas como é dito no texto, o tempo não passa pela amizade, a amizade é que passa pelo tempo. Perdura, se for caso para isso e se fizermos por isso. É o ciclo natural das coisas.
A vocês, meus amigos, um enorme beijo de saudades.