A noite de ontem valeu, como sempre, pela sempre agradável visita a Lisboa e, inevitavel presença em mais um concerto no Coliseu de Lisboa. Rever os Fat Freddy's Drop foi bom e sonoramente embalador.
A meu ver, o grupo perde pela massificação (a dita globalização) do seu jeito de lançar as palavras e envolve-las no seu nomadismo, que muitos não percebem. Não sabem o que me custou ver malta a dançar durante o concerto, como se de Bob Sinclair se tratasse. Ou mesmo a sensação de 'Praia do Meco' que pairava no ar, pelo cheiro a tabaco e pela adolescência bronzeada que viu naquele reggae neo-zelandês uma boa noite de descompressão.
Faltaram muitas músicas. 'The Camel', por exemplo, o single de avanço do novo albúm e homónimo, e também eternos sucessos como 'Hope' e 'Midnight Mauraders'. O alinhamento não me surpreendeu e o concerto, esse, valeu pelo sentimento que os Fat Freddy's Drop me transmitem com as suas músicas, palavras e intenções. Continuam a ser um escape musical, numa viagem à voz melódica do vocalista do grupo e ao bom humor que transmitem em palco.
Adenda: Acho que ir sozinha ao concerto não ajudou em muito a que desfrutasse plenamente do momento. Fui só eu e mais umas centenas de pessoas no Coliseu. Mas só eu e aquela minha vontade de rever o colectivo.