Sempre me disseram que era emotiva. Em tudo e para tudo. Sobre o jornalismo acham que estou desmedida: emoção a mais.
Este texto deu-me um murro no estômago. Pela simbolismo que acarreta, pela experiência que demostra, pelo exemplo que é. José Vítor Malheiros escreve este último texto no jornal Público de hoje. Começa outros caminhos, sem esquecer os vinte anos na secretária do P. E reforça a ideia que, muito mais que uma prática, o jornalismo é paixão.
"... E, finalmente, não poderia falar destes vinte anos sem falar do capitão que iniciou o que foi uma bela aventura, Vicente Jorge Silvaque nos ensinou a mim e a tantos outros a única maneira como sabemos fazer jornalismo: com honra e com paixão, usando do bom senso e sem abdicar do bom gosto, com rigor e ao serviço do público, com imaginação e com irreverência, com sentido crítico e sem subserviência perante nenhum poder. Nunca usei outra variante de jornalismo, nunca ensinei outra variante e, enquanto for jornalista, continuarei a gastar desta. É a única que conheço..."
(Uma dica do jornalista António Granado)