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Ago 09

Eis mais uma pequena colaboração para o twitterportugal/blog, a webzine do twitter e das redes sociais em português.
Replico o post, que saiu no passado sábado, 29 de Agosto.

 

Twitter e o ensino universitário
Já está online o estudo que a Faculty Focus elaborou sobre o Twitter e o Ensino Superior: Twitter in Higher Education: Usage Habits and Trends of Today’s College Faculty.

Nas 20 páginas que compõem o estudo, as conclusões não são animadoras: mais de metade dos inquiridos não incorpora a ferramenta no seu mecanismo de ensino e só 1/3 dos entrevistados afirma utilizar o Twitter de alguma maneira na prática universitária.
 

O estudo, feito através de inquérito a cerca de 2.000 profissionais universitários – de entre eles docentes, reitores, pessoal de departamentos, serviços administrativos, corpo científico, de orientação pedagógica e avaliação – levanta um pouco o véu sobre a realidade em volta do sistema de microblogging mais badalado do momento.

De uma forma sumária, no universo de 1958 inquiridos:

56,4% diz não usar o Twitter;

30,7% usa o serviço de alguma maneira;

12,9%  já tentou mas não usa.
 

Neste estudo, realizado entre Julho e Agosto deste ano, conclui-se também que:

71,8% espera aumentar a utilização do serviço de microblogging durante o próximo ano lectivo;

3,2% afirma diminuir o tempo passado no Twitter;

2,5% diz que fica na mesma, quanto a integração no trabalho universitário.
 

As razões apontadas pelos inquiridos para a não utilização do serviço podem surpreender alguns utilizadores mais frenéticos do pássaro azul.
 

A grande maioria aponta a pouca relevância educacional e uma forte preocupação na criação de pobres habilidades de escrita ao usar o Twitter. Das muitas respostas (que servem de base à análise e estão legíveis no estudo) destacam-se outros pontos, como a falta de interesse ou tempo para usar o serviço, a questão de segurança de dados e a pouca vontade em experimentar o Twitter pelo facto de se pensar que não é mais que um modismo da era das redes sociais.
 

Do universo que usa o Twitter, os 30,7% do estudo, os tweets lançados na rede são acerca da actualidade noticiosa e tendências relacionadas com os interesses da área académica. A interacção é feita entre colegas e na experimentação do seu uso nas salas de aulas.

Análise pessoal

Numa realidade mais próxima e mais específica da minha formação académica, são poucos os docentes que posso afirmar que integram as estatísticas de interacção na rede. Em concreto, passo por exemplo imenso tempo na rede em conversa com o @franciscoamaral, meu professor na Escola de Educação de Coimbra, e com a @ciberesfera, docente do Instituto Superior Miguel Torga, também em Coimbra.
 

Dentro da rede jornalística em Portugal outros docentes se destacam, como o @agranado, docente da UNL e jornalista do Público, @fernandozamith e @paulofrias (ambos da Universidade do Porto), @simaocc_utad (UTAD) e a luisaribeiro (Universidade do Minho).
 

Muitos mais profissionais estão na rede e colaboram na criação de uma plataforma utilitária e que entre no rumo certo da partilha online de conteúdos. Contudo, e um pouco na onda do estudo lançado pela Faculty Focus, o twiter ainda sofre por antecipação e resistência. É apelidado de modismo e essa ainda é a maior barreira para aqueles que o olham do lado de fora.
 

Podem consultar o artigo de análise ao estudo aqui ou visualizá-lo em baixo.

Twitter in Higher Education – Usage Habits and Trends of Today’s College Faculty

historiado por vanessaquiterio às 14:53
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Vanessa Quitério
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