A todos os que acompanham este espaço
UM FELIZ NATAL
"O amor imaturo diz: Amo-te porque preciso de ti !
O amor maduro diz: Preciso de ti, porque te amo !"
*encontrado no FB num perfil amigo
Li este texto e revi-me em tempos modernos. Na minha década. E altura. Num 'amor maior' que de grande não tem nada, pelo contrário, ainda pequeno, des (mal) percebido.
Sabes, já uma vez aqui o disse que é indiscutível que parte, grande parte, da mulher que hoje sou foi moldada no aconchego dos teus braços, da tua pele e do teu cheiro. Afinal eu era uma menina com vinte e um anos e tu assumiste na plenitude o papel que Nabokov criou, em tempos, para Humbert. Estávamos em meados da década de noventa e aquele foi o tempo marcado pela descoberta. O tempo em que percebi que o amor pode vir em espasmos ou em sussurros, que há sentidos que vão mais além do que o toque, que o prazer acossa-nos ao ponto de um murmurado “fode-me” soar a súplica, que um simples olhar é suficiente para nos cortar a respiração, que numa relação a dois o único limite é o da aceitação das partes e que é possível o controle do ritmo ébrio a que os corpos se movimentam.
Hoje, o tempo é de confirmação. Eu continuo a ser aquela mulher moldada no aconchego dos teus braços, da tua pele e do teu cheiro. E um amor assim pode vir em espasmos ou em sussurros. E, de facto, há sentidos que vão para além do toque. E, sim, o prazer acossa-nos. É verdade. E o único limite é o da aceitação das partes. E depois a ternura. A ternura dos afectos espelhada em cada olhar. Em cada “gosto de ti” seguido de um abraço onde se sente o bater do coração. E a cumplicidade de quem se lê e se entende mutuamente nas entrelinhas. No que não se disse mas se pensou. No que se quer mas não se confessou. E a serenidade. O saber esperar pelo outro. E a impaciência de querer tudo agora. E a certeza. A certeza de que uma relação destas é assim uma coisa que só acontece one in a million.
retirado daqui
Viveremos nós numa espécie de política continuada de fraude?
Pequeno segredo: fingir, fingimos todos!
É humano poder esperar por algo ou alguém um determinado espaço de tempo ou mesmo uma vida?
Como se descobre tal probabilidade, no meio de tanta azáfama?
Se souberem de alguma resolução digam-me.
Literalmente! Os dias de cão terminaram!
A terapia diária entre galões e torradas, pãezinhos, bolos e cafés está a resultar e muito bem. A azáfama constante entre pedidos e arrumos faz com que as horas corram e a cabeça ande entretida.
Claro que os clientes continuam na mesma, exigentes. Mas o sorriso e bom agrado de uns compensa o dia menos bom de outros. Gosto deste contacto com as pessoas, faz-me sentir bem viva!
E para fazer juz ao post, nada melhor que o som de Florence and The Machine. Quer queira, quer não, as músicas delas andam a acertar com estes meus tempos 'rollercoaster'.
Dizes que fico bem dentro da tua segunda pele
De riscas, escolhida por mim . . .
[Não sei que dizer, gosto da tua pele]
O atrofiado ar do teu espaço
Deixa marcas, arranha, encandeia.
[cada recanto do teu pequeno mundo]
Não sei o que mais dizer.
As palavras preenchem um vazio que quase não existe,
São maiores que os dias que correm depressa.
[Não sei o que mais dizer, vivemos o pleno]
'Menos de quinhentos quilómetros não é nada', alguém disse.
As provas de fogo começam agora. 1. 2. 3. Partida!