Esta semana foi atribulada.
Mais que isso, foi viajada, num rumar a norte para o II Congresso Internacional de Ciberjornalismo, no Porto, e num regresso a Lisboa, para colocar de pé mais um dia de discussão acerca da web e comunicação, no (tão meu) Upload Lisboa.
No #cobc integrei a equipa de produção de conteúdos, onde tuittei e escrevi duas peças para o blogue do evento.
Confesso são duas paixões fortes. O jornalismo e a sua discussão - no desejo de me melhorar como profissional da informação - e a criação/organização de eventos que possam promover algo a que muitos de nós ainda não estão habituados - sair do comodismo e dos dados adquiridos, do pouco discutível e da base fácil de opinar sem experimentar.
Confesso que sou (um pouco) feliz com estas paixões. São me fiéis, andam sempre comigo e por mais longe que possa estar do seu cerne, nunca me negam apoio. São duas paixões daquelas intrínsecas, pessoanas e que alimentam. Quase na lógica do "quanto mais me bates, mais gosto de ti".
Mas se assim não fosse quem era eu, esta Vanessa que se conhece sempre de mochila às costas, que trabalha com amor à camisola e que não se importa de dormir nas entre-linhas disto.
Podem ler uma bonita opinião do Pedro Jerónimo sobre mim, neste contexto.
Quem seria eu se não estivesse de barriga cheia com este amor maldito, que para emprego me gera zero oportunidades estáveis, de conduta na área da comunicação e não os tapa-buracos que tenho feito?
Sinceramente, neste momento, não sei quem sou e o que posso ser. Sair de mais uma edição do Upload Lisboa lembrou-me que as paixões alimentam o espírito e a alma, mas não uma sobrevivência económica muito desejável neste momento e necessária.
Sim, sei que tenho 22 anos.. tudo é ainda tão verde e mutável. Mas eu estou apaixonada por duas coisas que, por muita pena minha, agora só me fazem sofrer.
foto da amiga Flávia Paluello