Há um ano atrás, precisamente neste dia, iniciava uma das aventuras da minha vida, como profissional da comunicação, com o meu estágio curricular no Jornal Público no Porto.
Faz um ano que me mudei de armas e bagagens para a Invicta e que marquei, em tom carregado, um dos percursos mais valiosos da minha pequena existência. Cresci como pessoa, como jovem que sonha com um jornalismo à moda antiga - nos valores e prática. Conheci outras realidades, a pressão dos deadlines do jornal português que foi referência ao longo dos estudos académicos. Atingido o objectivo de ter um bom estágio, os três meses que se seguiram foram uma verdadeira montanha russa! Pressões, aprendizagens, desilusões.. houve de tudo naquela redacção.
Relembro com saudade toda a azáfama de fim de edição e as manhãs calmas, dos dias em que chegava cedo, pelas 10h da manhã e encontrava o open space vazio, silêncioso, entre pilhas de jornais. A rotina de entrar no edifício, tirar o café dependente, subir as escadas e ler as primeiras notícias do dia. Fazer as rondas e confrontar-me com dilemas e títulos chatos de sair. Foram três meses em que me apaixonei por tudo, em que cada palavra era tirada a ferros pelo fervor de querer fazer tudo bem. Aprendi com os profissionais, com a malta da paginação.. Aliei-me à minha querida colega de estágio, a Ana, que me aturou desabafos e euforias. A ela, mais que um simples obrigado, devo-lhe a amizade que temos. Fomos cúmplices nesta aventura no Público!
Para relembrar esta efeméride, deixo replicado o meu primeiro post do 'Parem as Máquinas', blogue onde contei este meu estágio. Assim que necessário, voltarei a esta efeméride. Outros dias valeram pelo ensinamento. O futuro é o agora, o passado, esse já não volta mais.
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"Começar é que custa sempre. Em tudo ou quase tudo, o início é que se torna doloroso. Nestas circunstâncias, dar início ao contacto com o mundo do jornalismo foi, e está a ser , uma descoberta dolorosa onde a ansiedade polvilha o desejo de vir a preencher um lugar no posto hipotético do “vou poder ser a voz do mundo”.
Entrar para o PÚBLICO foi e será uma das melhores coisas que me aconteceu em 2008. Bem no final do último ano muitas foram as novidades e, a nível profissional, novos caminhos se iniciaram. Mais uma vez, o que custou foi ter a iniciativa e fazer os contactos; custou começar a tomar consciência de que é isto mesmo que quero. E HOJE, O 1º DIA DO ESTÁGIO, foi o confirmar de que vai doer um pouco habituar-me a esta mudança inicial.
Começo aqui o contar dos próximos três meses, o relatório do que vou fazendo como estagiário. Os trabalhos, as propostas, os medos e os desejos desta minha primeira experiência como jornalista.
Boas leituras!"
O 1º dia como “a estagiária” do Público
02/02/2009