Este fim-de-semana fui o mais jazzístico que consegui ter nos últimos meses. Sábado à noite, no 14º Festival de Jazz de Valado de Frades, e hoje na Fnac do Chiado, com a querida Luísa Sobral.
Há muito tempo mesmo que não tinha momentos tão bons, de bem apreciar os acordes entre instrumentos e as conversas criadas por estes génios portugueses. É de referir e de valorizar, o bom leque de artistas PT na área do jazz. Para mim uma mais valia e um prazer enorme, de cada vez que os revejo.
Por isso, Lisboa do meu encanto, vou estar atenta. Pois sei que tens muito a oferecer nesta área. E eu ando desejosa de espairecer!
Porque às vezes há coisas que só se resolvem com uma boa dose de Jazz. Nem que seja animado. Jerry and Lisa Simpson playing Jazz Crimes (Joshua Redman song)
Descobri estes moços no passado Sábado, entre o zapping habitual na TV generalista. Prendeu-me o jeito british deles, a juventude e a garra com que se lançaram a este projecto jazzístico-instrumental-esperimentalista.
Espreitem o myspace, vejam alguns vídeos no youtube.
Transcrevo abaixo um texto retirado do site do FMM Sines 2010, que os apresenta. Bons sons!
Nomeado para o Mercury Prize e considerado o melhor álbum de jazz, “world music” e folk pela revista Time Out, o disco “Knee-Deep In The North Sea” foi um dos fenómenos da música britânica em 2008. O seu “som original” (The Times) é a criação inimitável do Portico Quartet, um quarteto de músicos na casa dos 20 anos com aspecto de banda “indy” que toca uma música que busca elementos sobretudo no jazz, mas também no rock, no minimalismo e em várias matrizes tradicionais do mundo. Formado em 2005, o grupo foi descoberto a tocar na rua frente ao National Theatre de Londres pelo clube The Vortex, que criou uma etiqueta discográfica só para lançar a sua música. O alinhamento é composto por Jack Wyllie, nos saxofones e na electrónica, Duncan Bellamy, na bateria e no “glockenspiel”, Milo Fitzpatrick, no contrabaixo, e Nick Mulvey, no “hang”, um instrumento de percussão criado em 2000 na Suíça que domina o som do grupo com a sua sonoridade exótica, entre os “steel drums” das Caraíbas e os gamelões indonésios. Pós-jazz ‘cool’ e fantasmagórico para ouvidos ávidos de aventura.
Alinhamento
Jack Wyllie, sax soprano
Milo Fitzpatrick, contrabaixo
Nick Mulvey, hang e percussão
Duncan Bellamy, bateria e hang
Quando vem do amor
Não dá nem pra não ver
Ver a luz que pintou
Se pintou bem querer
Não dá nem pra não ser, ai
Quando vem do amor.
Vem ser bom sinal na minha vida
Puro cristal do meu desejo
Beijo e luz
Mais pura força
Força vital da natureza.*
Lena d'Àgua - Sempre - Ao vivo no Hot Cub de Portugal
Ronaldo Bastos / Luís Pedro Fonseca
1984
* Daquele cd que me ofereceste, que não ouviste, mas que muito diz de ti.
"Aos meus amigos de perto,
aos também distantes, aqueles antigos e
com certeza os novos.
Todos que não vejo com frequência
e aqueles com quem falo todos os dias.
Há ainda aqueles que não conheço pessoalmente
mas que já fazem parte da minha vida.
Muito carinho!
Eu acredito que, sem amigos,
perdemos um bocado da vida!"
( texto enviado por um amigo e que partilho aqui neste meu espaço. Obrigado Emanuel!)
Hoje foi um dia atarefado. Fim de afazeres na EBI, últimas reuniões e papeladas. E, a meio da manhã, a notícia do incêndio no Hot Clube de Portugal deixou-me perplexa. Angústiada e triste.
Ainda não tinha tido a oportunidade de visitar o espaço mítico do Jazz em Portugal. Tenho mesmo pena por esta perda.
Já não me lembrava que estava próximo o festival de Jazz do Valado dos Frades. No ano passado tive o prazer de ver e rever o meu caro amigo contrabaixista Carlos Bica. Este ano os nomes são igualmente bons.
Fica aqui a link. Os interessados devem consultar a página oficial. Assim que sair imagem do cartaz apresento.